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Adriano Figueiredo, Ana Pavanni, Hugo Machado, Rafael Biet e Tiago Ribeiro. Disciplina Economia e Mercado. PGCF -UFF/RJ Orientação D.Sc. Carlos Cova

terça-feira, 2 de junho de 2009

NEW DEAL - A grande virada americana



New Deal – A grande virada americana

Em 1933, Franklin Delano Roosevelt, o novo presidente dos Estados Unidos, apresenta-se como o salvador de uma nação economicamente esgotada. Seu objetivo é restaurar no país as sólidas bases sociais e administrativas que fizeram a grandeza dos EUA
por André Kaspi

Vista aérea da construção das barragens de represa hidrelétrica, em 1935, no vale do Tennessee, pelo Tennessee Valey Authority (TVA), orgão federal destinado a assegurar o desenvolvimento econômico da região e a criação de empregos

Em 4 de março de 1933, Franklin Delano Roosevelt torna-se presidente dos Estados Unidos. A crise econômica e social iniciada em outubro de 1929 arruína o país. Desaparece a confiança na prosperidade. Os especuladores arruinados não podem mais saldar suas dívidas. Os bancos reclamam sua parte. Como não conseguem reaver o dinheiro que lhes é devido, 659 bancos fecham suas portas em 1929, 1.352 em 1930, e 2.294 no ano seguinte. Obrigados a abrir falência, os industriais fecham as fábricas. O desemprego atinge índices astronômicos: 1,5 milhão de americanos em 1929, 13 milhões de homens e mulheres quatro anos mais tarde, ou seja, um quarto da população ativa. Se levarmos em conta que, há uma década, os agricultores sofrem com o excesso de produção e com as condições climáticas, compreenderemos o subconsumo, a miséria crescente e o pavor que assolam os EUA.

É certo que não se trata da primeira crise econômica. Os especialistas pedem um pouco de paciência. Ou, conforme as palavras do presidente Herbert Hoover, a prosperidade está na próxima esquina. Isto não impede que os meses e os anos passem sem um vislumbre de recuperação. Os desempregados só podem contar com a caridade. Surgem acampamentos no centro das cidades, como, por exemplo, no Central Park, em Nova York. Os políticos propõem explicações que não convencem e são incapazes de descobrir soluções. Eles, assim como os cidadãos, estão perturbados. Franklin Roosevelt constitui uma exceção. Em 1928, fora eleito governador do estado de Nova York, sendo reeleito em 1930. Nascido em 1882, filho de família nobre, primo e depois sobrinho por afinidade do presidente Theodore Roosevelt, antigo secretário adjunto da Marinha durante a presidência de Woodrow Wilson, Roosevelt representa o novo Partido Democrata, mais aberto ao mundo urbano e atento às minorias étnicas. Ele está disposto a adotar todas as soluções, mesmo as contraditórias. Na eleição presidencial de 1932, Roosevelt restaura a esperança. Seu adversário republicano, o presidente Herbert Hoover, decepcionou a muitos e perde a batalha.

Roosevelt promete agir imediatamente. De março a junho de 1933, inúmeros projetos invadem o Congresso. A equipe do presidente, principalmente o Brain Trust, demonstra uma atividade febril. A 9 de março, uma lei reorganiza o sistema bancário e permite a reabertura dos bancos. A 20 de março, nova lei assegura o equilíbrio orçamentário. A 22 de março, inicia-se o processo que suspenderá a proibição das bebidas alcóolicas. Mas, sobretudo, nascem os órgãos federais.

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